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Viagens Pela Vida

Poesia e coisas do coração

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02
Ago19

A SESTA DA ALDEIA

Fernando Nunes

A SESTA DA ALDEIA

Esgotam-se as horas da madrugada
e desta hora,
como se o tempo
se suspendesse
no sono pesado das minhas pálpebras

Tão vaga
a vida que se desvanece
numa espiga de milho
trémula, como derretida no ardor da tarde.
Ainda coexiste
qualquer coisa real
que se me revela
como subtileza soprada do meu fôlego
a inventar uma vida inteira
onde eu já não sou eu,
e ainda assim sou eu.

Vou, vai quem vai
de pé ante pé
como louco alucinado
à procura de vivalma?
Responde-me
o sossego por detrás de uma porta e outra porta e outra porta…
Silêncio,
e dormitam ao relento também as pedras
soçocadas no ardor da tarde de Agosto.

Desvanece-se-me
o corpo e o sorriso
e penso que adormeci
ou sonho que adormeci?

Silêncio
mistério
revelação
e mais mistério…

horta_milho_feijao (2).JPG

 

Fernando Nunes

 

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